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Calendário feiras, festa e romarias
Expo Estrela – Mostra de Atividades e Feira de Artesanato
Data: fim-de-semana do Carnaval
Criada em Fevereiro de 1993, com a designação de Mostra das Atividades Económicas do Concelho de Manteigas, a Câmara Municipal de Manteigas continua a promover anualmente, no fim-se-semana de Carnaval, a feira hoje designada Expo Estrela – Mostra de Atividades e Feira de Artesanato. Este certame reúne cerca de 70 expositores repartidos por Entidades, Associações, Artesanato, Comércio, Produtos Regionais, Industria e Restauração. Este evento tem vindo a ganhar, ano após ano, uma importância na valorização e promoção do nosso território. Por outro lado esta Feira pretende acima de tudo dinamizar o tecido socioeconómico e cultural do Município, numa época – Carnaval – em que a região da Serra da Estrela é visitada por muitos turistas.
Para além do certame, a Expo Estrela tem um programa cultural vasto e variado tendo como principal objetivo a promoção e divulgação dos valores culturais locais.
Feira Antiga
Data: 1.º ou 2.º Fim-de-semana de Junho
A Feira Antiga é uma organização da Câmara Municipal de Manteigas com a colaboração da
ACTIVA – Associação de Artes e Património de Manteigas e teve a sua primeira edição em Julho de 2011. O principal objetivo deste evento é a recriação histórica do passado de Manteigas a que se juntam atividades de carácter cultural, designadamente, exposições, teatro e música. Esta festa também tem como finalidade a promoção dos artesãos de Manteigas com a venda dos seus produtos locais.
Feiras Francas Anuais
As Feiras Francas Anuais foram instituídas também na mesma sessão da Câmara Municipal e tinham lugar nos dias 19 de Março e nos dias 14 e 15 de Agosto de cada ano.
A realização o mercado mensal e das duas feiras francas tinham lugar em várias praças e ruas da Vila de Manteigas.
Na acta da sessão acima referida constam os lugares de venda e os respetivos artigos e produtos que a seguir se transcreve: “..que o largo da Praça sirva para uso dos tendeiros, quinquilheiros, ourives, latoeiros chapeleiros e calçado e mais artigos equivalentes; que o largo de São Pedro sirva para as vendas de bois e cavalgaduras; que o largo da Batalha sirva para a venda de aves e peixe; que o Largo da Liberdade para hortaliças, frutas, batatas, castanhas, cereais e legumes; o Largo D. João de Castro para louças e cestos; a parte colectada de traz da Igreja de Santa Maria até à fonte do picão para gado suíno; o de S. Marcos para gado caprino e lanígero; o Largo da Restauração para madeiras e telha; a entrada em frente da Igreja de Santa Maria botiquineiras e jogos lícitos e da rua que atravessa a mesma estrada até ao ribeiro da vila para lenhas e carvão…”
Nesta matéria é de referir também a venda ambulante, prática muito comum em Manteigas. A este tipo de venda ficou ligada uma figura típica, que, pese embora não fosse natural de Manteigas, era acarinhada e estimada por todos e com a qual esta terra ficou eternamente relacionada, a D. Clotilde dos Requeijões.
Feriado Municipal – 4 de Março
O Feriado Municipal foi aprovado em sessão da Câmara Municipal no dia 17 de Novembro de 1977 e ratificado pela Assembleia Municipal em 30 de Novembro do mesmo ano.
A escolha deste dia como feriado municipal está associado à atribuição do Foral por D. Manuel I em 4 de Março de 1514. Neste foral D. Manuel I vem confirmar os privilégios e tributos concedidos a esta Vila por D. Sancho I em 1188.
Mercado Mensal
O Mercado Mensal em Manteigas foi criado no início do século XX, em sessão ordinária da Câmara Municipal de 11 de Novembro de 1901 e realizava-se nos segundos domingos de cada mês.
Nossa Senhora da Anunciação
É difícil apurar quando se iniciou a devoção a Nossa Senhora da Anunciação no ainda povoado de Vale de Amoreira, que durante muitos anos pertenceu ao Concelho de Valhelhas. Em 1855 com a extinção deste concelho, Vale de Amoreira fica como anexa da Freguesia de Valhelhas.
Contudo, tendo em conta as remotas e bem enraizadas tradições religiosas das populações limítrofes, é de crer que a Festa em sua honra tenha seguramente séculos de história.
Nossa Senhora da Graça
Não é possível confirmar a que tempo remonta a devoção do Povo de Manteigas a Nossa Senhora da Graça que se soleniza na Freguesia de São Pedro de Manteigas. Sabe-se, apenas que vem de longa data.
Diz a lenda que a primeira imagem da Senhora da Graça foi encontrada num silvado, envolta num cristalino manto e que apresentava uma arranhadela de silva que nenhuma tinta conseguia apagar.
A tradição atribui-lhe uma milagrosa intervenção a favor de uns navegantes que, no alto mar, foram surpreendidos por forte tempestade. Ao implorarem a Proteção Divina em hora tão aflitiva, viram com surpresa, aparecer-lhes a figura da Virgem que, sorrindo-lhes, os conduziu a porto de salvação.
Diz mais a tradição que aqui vieram os navegantes descobrir a imagem da Senhora que lhe havia aparecido, e que, em gesto de reconhecimento, lhe ofereceram um lampadário de prata, adaptado a candeeiro elétrico e que foi colocado no teto do coro da Igreja de São Pedro.
Santa Eufêma
Diz a tradição que remonta a muitos anos a devoção, em Sameiro, à sua veneranda protetora – a Virgem Mártir Santa Eufémia- cujo calendário festivo litúrgico dedica o dia 16 de Setembro.
Santa Eufémia é particularmente invocada como padroeira de “nascidas ruins e males desconhecidos”, daí que este facto seja absolutamente relevante para que não só as gentes do Concelho de Manteigas lhe prestem devota homenagem, mas também outras Terras.
A devoção a Santa Eufêma vai muito para além do seu dia, pois a fama dos seus milagres faz afluir à sua Capela muito devotos no decurso do ano.
A data da edificação da sua capela deve remontar a época muito distante, visto que a primeira imagem da Santa se encontrava deteriorada no ano de 1696 e que foi ordenado o seu enterramento pelas competentes autoridades eclesiásticas.
Senhor do Calvário
O Senhor do Calvário que se festeja na Freguesia de Santa Maria de Manteigas, está relacionada com factos históricos que a tradição oral, de geração em geração, tem trazido até aos nossos dias. O que se conta é descrito na monografia cujo a compilação de textos é da responsabilidade de José Lucas Baptista Duarte, “Antologia: depoimentos histórico – etnográficos sobre Manteigas e Sameiro de Manteigas” e diz “que um dia, tremenda tempestade desabou sobre Manteigas – uma tempestade como ninguém jamais aqui tinha presenciado. As barrocas da Serra, de mar a mar, desciam precipitadamente as encostas abruptas, arrastando na sua voragem pedregulhos que, por sua vez, iam de encontro aos muros de proteção dos terrenos limítrofes, tudo arrastando numa fúria louca, convergindo para os Ribeiros que atravessam a vila.
Já os sinos das Igrejas tocam a rebate pondo o povo de sobreaviso e convidando-o a fugir das suas casas. Entretanto, debaixo de chuva torrencial, vai-se aglomerando nos sítios menos expostos à cheia inclemente.
Alguém se lembra de levantar o grito de que é preciso e urgente implorar a Proteção Divina, e logo vozes se levantam para que todos se dirijam à Capela do Senhor do Calvário. A vila em pesos, com a sua Câmara à frente, para ali se dirige implorando a clemência do Céu e, pela voz da Autoridade, ali se formula o voto solene de todos os anos a vila e a sua Câmara promoverem uma Festa em honra do Senhor do Calvário que, entretanto, é aclamado Padroeiro de Manteigas. A tempestade amainou, fazendo-se acompanhar de um compreensível alívio das gentes”.